Se você divide APÊ com alguém certamente vai me entender. Mas se você mora numa bagunça humana você vai se ler nas próximas linhas.
Existem algumas figuras curiosas neste universo chamado REPÚBLICA. Lá em casa nunca foi diferente. Se você reparar, nós que moramos fora da casa de painho e de mainha sempre tentamos repetir o núcleo familiar, claro que muito mais bagunçado e claro, muito menos amistoso.
Geralmente essa família postiça é marcada por pelo menos três personagens: o pai mandão, o filho preguiçoso e uma mamãe que faz milagres na cozinha, mas não para de reclamar.
O pai geralmente é aquele carinha ou aquela menina da república que se acha o líder natural do lugar. Manda e desmanda o dia das tarefas, organiza as contas e reclama do que não foi feito. Só que o bonitão, nunca faz muita coisa.
“Se Deus multiplicou os pães, a pia multiplicou os copos”. Essa, com certeza, é a reclamação da mãe da casa, aquele ou aquela que não gosta de ver nada sujo na república. É a pessoa que cozinha melhor e faz com gosto. Mas adora jogar na cara dos outros que sempre quem tira o lixo é ele/ela. A verdade é que para essa pessoa ter um pequeno AVC, basta dar um “não curti” no macarrão de domingo. Aí já viu tudo né? “Se você queria melhor porque não foi pra cozinha fazer”. Mãe não lida bem com críticas.
Uma pergunta e você já identifica a próxima linha na sucessão Republicana: “O rango tá pronto ou vai demorar?”
Esperar tudo nas mãos e raspar a panela sem cogitar a possibilidade de faltar alguém pra comer, são características que compõe o comportamento dos filhos da casa. Esses sujeitos que ainda não acordaram pra vida e nem querem se dar conta que não moram mais com mamãe.
Entre uma briga e outra, muitas resenhas e a geladeira por lavar. A panela que deu fungo, o arroz que virou papa e o pedaço do atlântico reproduzido no banheiro.
Assim vão vivendo os personagens de uma família pouco unida e bastante ouriçada.