Começou com o programa dominical Esquenta, depois veio o Kuduro na abertura da novela das 8, e agora uma trama das 7 que tem como plano de fundo a vida de três empregadas domésticas e uma cantora de eletrobrega. Realmente, a nova classe média está com a moral la em cima na grande mídia brasileira.
Mas quem é essa nova classe média? Segundo índices econômicos, a nova classe média é constituída por pessoas que tem a renda mensal entre R$ 1.200 e R$ 5.174. Essa fatia da sociedade virou alvo das mídias de massa devido ao seu poder aquisitivo e por ser a maioria em termos de audiência.
Segundo André Barbosa, auxiliar administrativo, já tinha passado da hora das pessoas perceberem que a nova classe média também pode influenciar na programação! A massificação de alguns programas, com a participação de cantores de ritmos populares, como o funk, fez com que não só a eles se identificassem com o que estavam vendo na tv, mas que pessoas que ainda não conheciam o ritmo se familiarizassem com ele.
Mas nem só de glória vive a mais nova queridinha da mídia. Essa semana, o colunista do jornal O Globo, Artur Xexéo, teceu comentários sobre a nova classe média em sua coluna e virou alvo de críticas no twitter. Para a twitteira Nathália Almeida, Xexeo foi infeliz ao desmerecer os gostos populares da ex classe C quando disse que não gostava de pagode e que por causa do poder aquisitivo dessas pessoas que agora podem usufruir de coisas antes tão distantes (como andar de avião), a velha classe média está tendo que arcar com as consequências, como por exemplo, ter que escutar Kuduro na abertura de uma novela das 8.
O que percebe- se é que por mais que alguns ainda tenham preconceito com os gostos populares da nova classe média, ela veio pra ficar. E não adianta reclamar nem escrever coluna pra jornal, o melhor mesmo é desencanar e ouvir o eletrobrega de Gaby Amarantos na novela das 7 e logo depois, arrastar o sofá da sala e dançar o Kuduro com a trama das 8. OiOiOi.
