A sequência das aventuras do guerreiro-deus nórdico, “Thor – O Mundo Sombio”, chegou aos cinemas brasileiros no primeiro dia de novembro e conseguiu arrecadar US$ 8,1 milhões, a quarta melhor estreia até o momento. O filme conquistou parte da crítica mundial graças à beleza própria da obra, contudo o roteiro deixa a desejar pela falta de inovações e mesmices. Embora acerte potencialmente nos efeitos especiais e nos momentos de humor, que, apesar de constantes, não são exaustivos.
Uma vez de volta a Asgard, Thor (Chris Hemsworth) entrega ao Pai de Todos, Odin (Antony Hopkins), o irmão Loki (Tom Hiddleston) para que possa ser julgado pelos crimes que se passaram em Os Vingadores (2012). A história em si começa após Thor ter conseguido instaurar a paz nos Nove Reinos, contudo esse status pacífico é perturbado pelo retorno de um vilão dos tempos antigos, Malekith (Christopher Eccleston), que lidera uma raça ameaçadora, os Elfos Negros. O objetivo do líder elfo é devolver o mundo às Trevas, utilizando-se, para isso, de um poder destrutivo enorme, o Éter.
As atuações em “Thor – O Mundo Sombrio” continuam sendo tão boas quanto foram no primeiro longa do herói. Na verdade, o primeiro problema é exatamente esse: boas. Nada há de deslumbrante no trabalho dos atores no filme, mas podemos destacar o sarcasmo de Loki, tão perfeito na pele de Tom Hiddleston, e as boas risadas que damos com a atuação de Stellan Skasgärd, como Dr. Eric Selvig, e Kat Dennings, no papel de Darcy Lewis. A interpretação de Eccleston como o vilão Malekith é simples e sem grande destaque ou mesmo falas, ainda que estejamos falando de um vilão que pode “SÓ” apagar toda a luz existente e devolver o Universo ao Caos. Ah, precisamos fazer uma ressalva, é claro, para Hopkins e Rene Russo, que realmente conseguem personificar deuses atuando como Odin e Frigga, respectivamente.
As atuações em “Thor – O Mundo Sombrio” continuam sendo tão boas quanto foram no primeiro longa do herói. Na verdade, o primeiro problema é exatamente esse: boas. Nada há de deslumbrante no trabalho dos atores no filme, mas podemos destacar o sarcasmo de Loki, tão perfeito na pele de Tom Hiddleston, e as boas risadas que damos com a atuação de Stellan Skasgärd, como Dr. Eric Selvig, e Kat Dennings, no papel de Darcy Lewis. A interpretação de Eccleston como o vilão Malekith é simples e sem grande destaque ou mesmo falas, ainda que estejamos falando de um vilão que pode “SÓ” apagar toda a luz existente e devolver o Universo ao Caos. Ah, precisamos fazer uma ressalva, é claro, para Hopkins e Rene Russo, que realmente conseguem personificar deuses atuando como Odin e Frigga, respectivamente.
O filme conta com efeitos especiais incríveis, apesar de alguns serem pouco condizentes com a própria história (como assim a raça super antiga dos Elfos Negros tem armas a la Star Wars?). O duelo final entre o herói e Malekith sendo transportados de um mundo para o outro em fração de segundos mesclam humor e ação na medida certa. As batalhas que acontecem durante todo o filme também são magnificamente bem feitas (vale ressaltar que, em toda a guerra e destruição, não vemos uma gota de sangue). O funeral viking (sim, temos uma morte importante que altera bastante o rumo da história) foi incrivelmente trabalhado, provavelmente uma herança da direção de Alan Taylor, que dirigiu episódios da série Game Of Thrones (HBO, 2013).
O grande ponto negativo do filme está realmente no roteiro fraco que deixa pontas soltas na história. Primeiramente, Jane Foster (Natalie Portman): a mocinha desempenha um papel fundamental nessa história, mas é algo forçado, fruto da preguiça dos roteiristas em desenvolver uma alavanca melhor para desencadear a guerra. Os guerreiros amigos de Thor – Fandral (Zachary Levi), Volstag (Ray Stevenson) e Lady Sif (Jaimie Alexander) – possuem pouquíssimas e rápidas participações. Aliado a isso, temos uma exploração precária do triângulo amoroso formado por Sif, Thor e Jane, o que poderia render muitos minutos e cenas românticas/quentes, mas que parece passar quase despercebida pela equipe de roteiristas.
Mesmo com o roteiro simples e preguiçoso, “Thor – O Mundo Sombrio” consegue agradar devido aos efeitos especiais, a boa atuação e a dosagem certa de humor, drama, romance, ação e aventura. Não é um filme para quem busca grandes histórias, enredos envolventes e surpresas enquanto assiste, mas sim para quem está em busca de algo rápido, fácil, prático e bonitinho aos olhos. Em resumo, Mjölnir, o grande martelo do deus do Trovão, continua sendo incrivelmente poderoso, mas não vale nada se colocado na mão de quem não é digno dele: simplesmente Chapolin.
Ah, e não saia da sala até o final da exibição de todos os créditos. Há duas cenas pós-créditos, uma delas ligada a “Guardiões da Galáxia”, previsto para ser lançado em primeiro de agosto de 2014 e que promete ser um filme realmente surpreendente. Só espero que realmente o seja, ao contrário dos atuais lançamentos da Marvel que tem sido mornos e sem grandes emoções, ainda que as bilheterias não apontem exatamente para isso.
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