quarta-feira, 18 de abril de 2012

De Mala e Cuia - SHALOM, quando a paz está com você!


Chegou a hora de embarcar em uma nova viagem. A segunda temporada do De Mala e Cuia estreia hoje e espero que estejam todos prontos para desembarcar em Israel. Dessa vez, quem nos guia nesse delicioso passeio é Rodrigo Mota, estudante de Línguas Estrangeiras Aplicadas à Negociações Internacionais. Tudo acontece por meio de quatro palavras que irão conduzir cada episódio. Que tal dar início com um pouco (ou muito) de shalom?


E alguém disse: Shalom!

Não. Não é uma daquelas passagens bíblicas o que você está lendo. É a regra de civilização da cultura hebraica. Nas ruas, nas lojas, nas praças, em todo lugar, dizer shalom é mais que um cumprimento, um desejo, uma benção. Shalom, quer dizer paz, e é a saudação em hebraico mais repetida mundo afora e a mais carinhosa também.

E... falando em paz, não há tema mais recorrente nas histórias sobre Israel do que a luta pela paz. Israel é um mosaico independente no meio de uma grande tapeçaria cheia de buracos. Explico melhor. Israel é o único país de orientação democrática constituído em uma região composta por vários países árabes em transição, mas inúmeros ainda sob regimes totalitários. Logo, não é difícil imaginar que a difícil vizinhança de Israel coloca a questão da existência desse país em relevo e faz com que seus líderes tentem todo dia superar difícil situação e mostrar para o mundo que há esperança na busca pela paz.

Já sexagenário (a Declaração de Independência foi feita em 14 de maio de 1948), percebi que Israel oferece paz e sossego, mesmo que as circunstâncias digam não. 

Percorri vários caminhos pelo velho e pelo novo Israel. Os primeiros passos foram dados naquela que é considerada umas das cidades mais importantes do mundo: Jerusalém. Cidade santa, fortificada e murada no decorrer dos séculos, patrimônio mundial, destruída 02 vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, e capturada e recapturada 44 vezes, não faltam adjetivos para contar a história de uma cidade que lutou para encontrar a paz. E hoje, ainda que vigiada 24 horas, 7 dias por semana, por guardas nacionais, transforma qualquer visita a um de seus inúmeros sítios históricos em um exercício de fazer aquietar o coração. Ver a Cidade Velha do alto do Monte das Oliveiras ou chegar pertinho do Muro das Lamentações faz qualquer um entender porque um silêncio respeitoso pode soar tão forte aos ouvidos de quem se ajoelha diante das pedras que registram histórias tão antigas.


Para trazer sossego não só à alma, mas também ao estômago, uma pausa nas tendas e lojas de especiarias nos bairros judaico, cristão, armeno e árabe pode ser bastante proveitosa. E, nesse caminho, o tapete se estendia a qualquer visitante que quisesse, juntamente com o povo de Israel, encontrar a paz.

Nossa viagem continua na próxima quarta (25), você não vai querer perder né?
 






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