terça-feira, 3 de abril de 2012

Coleções: coisas de valor.


Cartões telefônicos, selos, tampilhas, canetas. Objetos sem valor certo? Não para alguns. Colecionar, ou seja, reunir objetos da mesma natureza, é quase um hobby para aqueles que se dedicam à ‘arte’ de amontoar coisas. 

Aliás, amontoar não! Uma das maiores ofensas para um colecionador é intitular seus ‘museus particulares’ de acúmulo de tralhas. Colecionar demanda cuidado, dinheiro, e, principalmente, dedicação, então não é somente juntar um monte de coisas iguais e dizer que coleciona alguma coisa 



As coleções dizem muito de quem coleciona: gosto, personalidade... Para a estudante universitária Flávia Fucci, o talento para desenhar a levou a colecionar canetas. Comprava pra desenhar e acabava com pena de gastar umas, então guardava de recordação.



O apego a elas é tão grande que muitas secaram a tinta antes mesmo de serem utilizadas, e de vez em quando ela realiza uma ou outra extravagância para incrementar a coleção. “Em 2000, comprei umas canetas que acendem. Na época não eram muitos, e também não eram exatamente baratas. Cada uma deve ter custado uns 60 reais.”, completa. 

Quanto ao fato de não usar as canetas, ela se justifica: “algumas das canetas eu não usei porque pessoas que eu gosto muito me deram. Até mesmo as mais comuns, eu não uso pelo mesmo motivo”, finaliza.



Uma lembrança de viagem foi o ponto de partida para Ana Paula Luz, estudante de contabilidade, iniciar a sua coleção. “Uma amiga estava viajando e trouxe um chaveiro de Monokoru Boo pra mim, e eu me apaixonei por eles. Hoje tenho mochila, bolsa, carteira, caderno, agenda, lapiseira, tudo que puder imaginar. É quase um vício, mas é um vício saudável.. eu acho”, diz sorrindo.

Questionada sobre o valor dedicado aos objetos, ela responde: "confesso que o dinheiro investido é o que menos importa pra mim. Quando comprei a carteira, ela custava uns 50 reais e poderia até comprar uma de couro com o mesmo valor, mas estou feliz com a minha aquisição. Quando compro qualquer objeto do Monokuro Boo, não  penso quanto estou gastando, mas como aquele objeto vai ajudar a crescer minha coleção. Claro que não pago valores absurdos e que me façam endividar, mas esses porquinhos são minha alegria", finaliza.

E aí, prontos para iniciar sua coleção? Mas lembre-se: o que faz uma coleção não é a quantidade de objetos, mas a dedicação e o valor sentimental que você dedica a eles.
 






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