O homem, desde sempre, comporta-se como filho do medo. As sensações do desconhecido e mesmo do proibido aguçam as sensações antagônicas do terror e da curiosidade. É nesse ambiente de sensações simultaneamente atraentes e repulsivas que o gênero do horror e do suspense se estabelecem solidamente como uma indústria sempre crescente que leva públicos muitas vezes distintos a se reunirem para contemplar todo o espetáculo de sentir o próprio corpo arrepiar diante das probabilidades que limitam a essência fantasiosa do sinistro e se confundem com os sinuosos caminhos da realidade.
As lendas e maus presságios da sexta-feira 13 são clássicos com reuniões de bruxas que muito o fariam se aproximar da mesma comemoração do Halloween. Contudo, diferente do 31 de outubro, a noite em que monstros povoam as ruas em caçadas insanas por sangue e morte, o “dia do azar” evoca o tempo do infortúnios, das infelizes coincidências que podem levar à ruína mesmo aqueles que já se consideram imunes aos efeitos da roda da fortuna. E, na nossa Vitrine, a gente mostra algumas produções com esses elementos nada auspiciosos que, invariavelmente, uma sexta feira em dia 13 traz consigo.
"Sleepy Hollow"
Falar de terror e de indicações para o medo é, na atualidade, quase um sinônimo de American Horror Story. A série estreou em 2011 e, desde então, tem sido referida com uma das melhores produções do gênero na atualidade. Contudo, se bruxas de poderes supremos, médicos loucos e fantasmas afundados em angústia assustam e assombram o reduto universo da produção da FX, a Fox prefere apostar em uma história na qual as proporções do horror e dos maus presságios adquirem panoramas globais e apocalípticas com Sleepy Hollow.
Falar de terror e de indicações para o medo é, na atualidade, quase um sinônimo de American Horror Story. A série estreou em 2011 e, desde então, tem sido referida com uma das melhores produções do gênero na atualidade. Contudo, se bruxas de poderes supremos, médicos loucos e fantasmas afundados em angústia assustam e assombram o reduto universo da produção da FX, a Fox prefere apostar em uma história na qual as proporções do horror e dos maus presságios adquirem panoramas globais e apocalípticas com Sleepy Hollow.
Na série recém lançada, a história do legendário Cavaleiro Sem Cabeça volta à cena, mas, dessa vez, além de um fantasma assombrado, ele é também a representação de um dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse, dos quais ele seria o primeiro, a Morte. Para enfrentar o assassino enviado do Inferno, entram em cena Ichabod Crane, um viajante do tempo responsável pela decapitação do Cavaleiro em 1781, e a tenente Abbie Mills, que faz, inicialmente, o papel da cética que se recusa a acreditar na mirabolante história de prenuncia do Apocalipse.
Sleepy Hollow surpreende não só pelas surpresas dos efeitos especiais bem produzidos, mas também pela originalidade da narrativa que apresenta outras figuras que fazem parte do cenário do terror mundial, como o Sandman, Sin Eater (devorador de pecados) e outras entidades demoníacas que constroem a ambientação perfeita num suspense sobrenatural intrigante.
Edgar Allan Poe
Saindo dos meios televisivos e audiovisuais a partindo para o mundo da literatura e do silêncio do passar de páginas, nenhum nome é equiparável à genialidade de Poe, referido por muitos como “pai do terror”. As obras de Poe são marcadas por reflexões filosóficas e cenários góticos que prendem o leitor desde a primeira linha e o conduz em um enredo de revelações e desfechos surpreendentes. Os contos do escritor americano atravessam as linhas do tempo de sua produção, do século XIX, e chegam à efervescência da contemporaneidade ainda vivos, incrivelmente assustadores e com lugar garantido na estante de qualquer leitor que aprecie o gênero.
Saindo dos meios televisivos e audiovisuais a partindo para o mundo da literatura e do silêncio do passar de páginas, nenhum nome é equiparável à genialidade de Poe, referido por muitos como “pai do terror”. As obras de Poe são marcadas por reflexões filosóficas e cenários góticos que prendem o leitor desde a primeira linha e o conduz em um enredo de revelações e desfechos surpreendentes. Os contos do escritor americano atravessam as linhas do tempo de sua produção, do século XIX, e chegam à efervescência da contemporaneidade ainda vivos, incrivelmente assustadores e com lugar garantido na estante de qualquer leitor que aprecie o gênero.
Em 2005, a editora Ediouro, publicou o livro “Histórias Extraordinárias”. A coletânea traz dezoito contos de Allan Poe, traduzidos, adaptados e reescritos por Clarice Lispector. A adaptação das histórias aproxima e facilita a compreensão da linguagem sombria e muitas vezes obscura do escritor americano. Trata-se de um livro curto e de leitura rápida, afinal, o folhear de páginas é incontrolável depois do início da leitura. É uma ótima indicação para aqueles que ainda desconhecem os textos de Poe e pretendem incluí-lo nas listas de leitura. Com destaque na obra para os contos: “O Retrato Oval”, “O Gato Preto”, “O Barril do Amontilado”, “Metzgerstein” e “Ligéia”.
“O Grande Truque”
Como não poderia faltar um filme para assistir na noite "do azar”, “O Grande Truque” (The Prestige) é a indicação que temos. Lançado em 2006, o longa dirigido por Christopher Nolan traz a história de Robert Angier (Hugh Jackman) e Alfred Borden (Christian Bale), amigos e mágicos iniciantes que acabam se separando e se tornando rivais. Quando Borden desenvolve um truque de sucesso, Angier se vê dentro de uma busca incessante para superar o inimigo e descobrir seus segredos. Embora não seja um filme de terror, o suspense envolvido na trama do filme é envolvente e se encaixa bem no dia em que devemos tomar cuidado com a tal “roda da fortuna” e com os números que temos obrigação de apresentar diariamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário