Polêmico, irônico, excêntrico. Dentre tantos outros adjetivos que se aplicam a Woody Allen, esses são o que melhor se encaixam no perfil desse multifacetado artista que divide seus talentos como ator, cineasta, roteirista e diretor.
Começou a carreira escrevendo programas de rádio e colunas para jornais, e sua estreia no cinema aconteceu em 1965, onde escreveu e estrelou o filme "O que é que há, gatinha?". Em 1969 dirigiu seu primeiro filme, “Um assaltante bem trapalhão”, e de lá pra cá já resultam mais de 50 produções, entre direções e roteiros.
A conexão que Woody Allen tem com o cinema é tão estreita que ele não só dirige e escreve seus filmes como também atua na maioria deles, dando vida a um judeu nova-iorquino neurótico e fracassado, quase como um alter-ego. Com alguns dramas e comédias em seu currículo, ele se consolida como um dos diretores mais aclamados da atualidade, reinventando-se a cada produção. O mais recente, Meia noite em Paris, levou a estatueta de Melhor roteiro original, prêmio esse que já foi nomeado e venceu diversas vezes, mas que raramente compareceu à cerimônia de entrega, talvez como prova de sua excentricidade e despreocupação com os rótulos usais de hollywood.
Queridinho dos cults, ícone intelectual e um diretor primoroso, Woody Allen dá um novo sentido ao cinema americano, que, fugindo dos esteriótipos ou tirando sarro deles, mantém-se como nome de peso na sétima arte. Gostando ou não, há de se reconhecer que sua obra é um marco para o cinema.
