segunda-feira, 23 de abril de 2012

Abadá, a história que as fotos não contam.


Reza a lenda popular que duas frases são capazes de mudar muitos destinos:
- Eu te amo!
- Vai ser Open Bar!

Se a segunda opção mexe mais com você, então me diz que diabos é uma abadá mesmo?
Um ingresso, uma fantasia, uma roupa ou uma recordação?

A prova do crime

O famigerado abadá tem as mais diversas definições e utilidades e denotações na cabeça da galera. Há muitas histórias contidas naquele pedaço de roupa e nem sempre a vodka, o uísque com energético e a cerveja são capazes de apagar da memória.

Abadá, loucuras por ele
Bruno e Dey
Pagar mais de 150 reais por numa festa já parece loucura para muita gente por aí, dar 70 num livro de faculdade também. Mas Bruno e seu amigo Dey não pensam assim, pelo menos no que diz respeito à primeira opção.

Pouca roupa na mala, dinheiro curto na carteira, mas uma missão na cabeça: Curtir o Trivela com Asa de Águia em Arraial d’ajuda no litoral sul da Bahia e sobreviver ao dia seguinte.

Com muita dor de cabeça, pouca glicose no sangue e nenhuma noção do perigo, Bruno e Dey só conseguiram voltar pra casa após se pendurar no fundo de um van que fazia o transbordo até a balsa em Porto Seguro:

- Quase morri! O cara há mais de 80km/h indo rápido pra voltar e buscar mais gente na porta da festa. No fim deduraram a gente. Saímos correndo e o cara da van atrás como se fosse o fim do mundo. Passou um Buzão e pegamos. R$ 2,40 a passagem.

Tudo isso pra economizar 5 reais. Saíram no lucro, economizaram 2,60.

Thiago (de preto) e a galera de outra casa em Rio de Contas.
Abadá, um lema de vida
Quando a festa não é de abadá, eles dão um jeito. Já é tradicional, em Rio de contas ou em Ibicuí, estampar no peito a vibe do lugar.

“Se der PT não case” foi o lema de Thiago, estudante de Agronomia, e os seus mais de 30 amigos. No final ninguém casou, mas honraram o lema da casa e bêbados tiveram a tal Perda Total, dos sentidos é claro.





Guigas sempre com a cerveja na mão, desta vez sem a camisa.
Abadá, uma extensão do corpo
Há quem negue até a morte, mas para “Guigas”, estudante de Computação, abada tem uma multifuncionalidade, serve como ingresso. É roupa, afinal pra malhar serve que é uma beleza. Além disso, serve como uma espécie de HD externo, capaz de memorizar toda a festa ali numa simples camisa. o Forró da Margarida em 2008 que o diga:

- Cavaleiros do forró, Mastruz com Leite, Cangaia de Jegue e Saia Rodada. Graças a Deus nenhum colega abençoado tirou foto minha. Eu bêbado, acho que peguei só gatinha!!! mas vai que... (risos) Deixa as histórias só na camisa.

Abadá Sedução
Bem que tentei, mas elas não gostam de se identificar, mas sim, as mulheres também fazem loucuras,vestidas de abadá. Essa amiga não quis dizer o nome, talvez pelo nível very hard de “periguetagem” que atingiu naquela Chopada de Medicina, em Vitória da Conquista, no ano passado.

Ela estava  desconsolada por perder a camisa da festa, após ter ido ao banheiro. Mas mesmo assim, nossa heroína não se deu por vencida. Tomada pelo espírito OPEN-BAR, a danada bolou um daqueles planos que só passam pela cabeça de quem está “irradiado”.

As comparsas fizeram o meio-campo, ela seduziu o primeiro destraído que queria aumentar o seu cardápio na noite. Enquanto isso, as outras panteras surrupiavam o objeto do crime. Uma desamarrou a blusa da perna do rapaz e a outra fugiu a pé. Uma verdadeira formação de quadrilha. Tudo pra guardar a recordação física da festa.

E você, guarda seus abadás? E eles, guardam histórias? Aposto que sim.

 






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