sexta-feira, 29 de novembro de 2013

"Por isso é que eu canto" dá visibilidade à música local

Marlua, Vinicius e Geisiane foram os grandes nomes da noite
Uma praça, muitos olhares e vários sonhos ganhando corpo em forma de música. Entre os espaços de divulgação dos artistas locais, Vitória da Conquista conta com o “Por isso é que eu canto”, que encerrou a sua nona edição na noite dessa quinta (28). Propício a descobertas, crescimento e visibilidade da cultura, o Festival trouxe 11 artistas ao palco, que entregaram suas interpretações para composições regionais.

Vencedor da edição de 2010, Ítalo Silva esteve na comissão julgadora desta edição e se mostra otimista com ações locais como essa, capazes de permitir que o som feito em casa, garagens e bares sejam notados de verdade. “É uma porta que se abre em meio à praça pública. É um espaço que oferece cultura gratuita para todo mundo. Sou fruto desse Festival, foi a partir dele que as pessoas passaram a observar que eu cantava. A gente tem que ter consciência da nossa cultura e, pelo menos, conhecimento do que a gente tem na nossa cidade, e os artistas fazem parte disso”, avalia Silva. 

Geci Brito e Ítalo Silva, vencedores de edições passadas, participaram do júri

Os olhares para o cenário musical conquistense
Nascido em Ibicaraí, no sul da Bahia, Getone Barboza trabalha com música há 12 anos, mas resolveu vir fazer música em Vitória da Conquista há pouco mais de um ano. O olhar de fora conseguiu enxergar o brilho de pequenas iniciativas e reconhecimento cultural que a cidade vem apresentando nos últimos anos. “A cultura em outros lugares da Bahia tem o romantismo, aqui ela tem importância. Talvez as pessoas que moram aqui não veem muito isso, mas eu, que estou chegando de fora, consigo ver toda essa luz”, observa.

Veterana no Festival, Marlua Sousa ainda encontra obstáculos para viver da música na cidade, ainda que consiga identificar o crescimento desses espaços de valorização. “Conquista é um celeiro imenso, mas ainda falta espaço. Infelizmente, nem todo mundo dá valor ao trabalho de um músico”, avalia.

Segunda colocada nesta edição, Marlua interpretou uma composição de seu pai Evandro Correia na grande final e mostrou o quanto da musicalidade baiana será levada para o show que realizará no “Natal da Cidade” (um dos prêmios do Festival). “Quero fazer um show totalmente diferente do ano passado, mas tão gostoso quanto. Quero utilizar os elementos baianos e nordestinos, por conta do meu projeto em forró e cordel, e quero trazer a musicalidade do ijexá e do afoxé misturando isso com o jazz”, contou Marlua, com empolgação e ansiedade.

Getone e Marlua Sousa

O Festival premiou ainda Vinicius Oliveira (1º colocado) e Geisiane Barbosa (3ª colocada). Ambos se apresentarão no “Natal da Cidade” junto com Marlua Sousa.

Confira as fotos da final em nosso Facebook

Fotografias: Kelvin Yule

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