terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Papo de Menina - A Biologia da TPM


Ah, a evolução... Tantas teorias e desacordos, tantas discórdias e convenções... E tudo é tão óbvio que se perde do olhar astucioso e sedento por complicações ilógicas, coisas comuns aos "evoluídos". As mutações genéticas, que alteraram ou incluíram características no homem, antes mesmo de ele ser chamado assim, são realmente frutos da seleção natural. E, agora, chego ao "x" da questão. Darwin, o cara que propôs esse processo, coitado, foi à resposta certa, mas, se equivocou quanto ao caminho. Ele, corretamente, definiu a seleção natural como um "princípio no qual cada pequena variação [ou característica], se benéfica, é preservada". Porém, provavelmente, passou pouquíssimo tempo ao lado da esposa e das filhas e perdeu a chance de se eternizar revelando o real motivo da necessidade das tais "variações".

Volte ao passado... Um pouco mais... Ainda mais... Quando o macaquinho libertou o homenzinho que havia dentro dele. Lá, as coisas começaram a mudar. As fêmeas mantiveram a função reprodutora principal, até aí tudo bem, mas as coisas realmente mudaram: a comunicação se tornava mais expressiva e abrangente. Inclusive, manifestações de toda beleza gerada por alterações hormonais que antecedem a ovulação. Não se engane, não é por acaso que evolução e ovulação são parônimas. Imagino que nossas ancestrais tinham poucos meios, salvo algumas pedras ou galhos caídos, para compartilhar com o macho provedor a doçura de tal momento, até terem aprendido a gritar e a fazer greve de sexo (este, inclusive, é um ponto muito polêmico, há as que optam pelo voto de castidade e as que se excitam com a novela das 18h). Sim, fomos nós, damas enfurecidas por ciclos de produção de estrógeno e progesterona, que motivamos a descoberta do fogo, a criação da roda, a necessidade da escrita, a importância de caminhar sobre as duas pernas, depois, de correr... E tudo mais que pôde ser usado como álibi para uma fuga da caverna ou para uma súplica por socorro à tribo vizinha.


Avançando um pouco mais, chego à genética. Ah, Gregor Mendel... Se você ainda vivesse para sentir um pouco do ódio feminino por sua pessoa... Mesmo sem muita, ou nenhuma, intimidade com seu legado (há quem não preste muita atenção nas aulas de Biologia no Ensino Médio, salva a exceção de o ministrante da matéria valer o esforço), há um rancor imensurável, uma mágoa velada por toda a imposição advinda dos seus estudos. Quem você pensa que é para nos deixar com a tal da hereditariedade? Morrer 40 minutos por dia numa esteira não é o suficiente para alcançar a barriga chapada que a minha irmã carrega por aí sem ao menos cortar doces da dieta? Não, Mendel, sua explicação sobre alelos/genes decorrente de experiências feitas em ervilhas não me faz sentir melhor neste momento em que luto contra o botão de um jeans.

Agora, depois de tanto embasamento teórico, ainda haverá espaços para dúvidas quando se deparar com uma mulher se sentindo 82kg mais pesada, ou chorando copiosamente por um pedaço do esmalte que soltou, ou planejando um crime contra a "vaca" que comprou os 65 últimos bombons de amêndoas da loja? Se ainda assim, você achar que isso tudo é bobagem e as mulheres, fazendo "charminho", só se aproveitam desse mecanismo para justificar ofensas ou gulodices, espero que nunca diga isso muito alto. Sou capaz de apostar que você não é resiliente o bastante para querer conhecer a capacidade dramaturga de uma mulher inchada feito uma esponja encharcada, com humor de um terrorista-suicida e sexualmente enfurecida (ainda mais cuidado com esse ponto, tá?). Pense bem, a evolução é necessária, mas, a manutenção da espécie é indispensável.

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